Mlýnská Kavarna

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O local é tão discreto que quase não o encontrava quando o visitei pela primeira vez, para um encontro com uma pessoa amiga. Contudo, está localizado num dos pontos mais centrais de Praga, a ilha de Kampa, separada do banco ocidental do Vltava por um pequeno curso de água, a ribeira do Diabo.

Não há turista que nas suas deambulações não passe por ali, mas notar este interessante café é outra conversa. A entrada, à qual se acede após atravessar uma pequena ponte que cruza a ribeira, encontra-se parede meias com uma enorme azenha que outrora era movida pelo fluxo das águas, assim como outra, que se pode ver um pouco mais à frente.

Existe uma pequena esplanada, com cerca de sete mesas, com uma agradável vista sobre o ribeiro e o jardim de Kampa, que não poderá deixar de apreciar se o tempo estiver solarengo e ameno. Por outro lado, caso o frio aperte ou a chuva impeça o desfrute desse espaço exterior, poderá usufruir do salão interior, que apresenta uma evidente influência artística.

É normal a exibição de peças para venda, geralmente para benefício de causas nobres, e, de resto, a decoração tem um toque experimental, que não engana: trata-se de um espaço frequentado por jovens artistas locais, que se mantém relativamente a salvo da invasão de turistas.

A organização de espectáculos musicais e de outros eventos artísticos é frequente. Por exemplo, tive a oportunidade de ver uma excelente exposição de cartazes contestatários, da época da Revolução de Veludo, incluindo trabalhos de Paul Benes, Michal Cihlář, Ivan King, Ales Najbrt, Michael Rittstein, František Skála, Jiří Votruba and Roman Werner.

Infelizmente não são servidas refeições regulares, mas se quiser saciar a fome existe uma boa selecção de sandes e petiscos ligeiros assim como uma variedade razoável de cafés e outras bebidas. A disponibilização de acesso Wi-Fi à Internet é mais uma das razões que o poderá trazer até aqui. Mas, de resto, é de facto o local ideal para descansar um pouco, se tiver poucos dias para visitar a cidade e andar a palmilhar o centro.

Como Ir: Existem diversas formas de aqui chegar, mas vou descrever a mais inequívoca. Estando perto do Teatro Nacional (Narodni Divadlo), atravesse a ponte mesmo ali em frente. Chegando ao seu fim, vire imediatamente à esquerda, desça os degraus e estará na ilha de Kampa. Ande pela esquerda do relvado que ali vê, e encontrará a ribeira do Diabo. Mesmo ali, verá a roda de água, assim como o discreto café Mlýnská, do outro lado de uma pequena pontezinha. Caso tenha GPS, são estas as coordenadas: N 50º 04.965′ E14º 24.434′

Quanto Custa: Não é dos cafés mais baratos, mas não irá à falência se tomar ali uma bebida ou mesmo uma refeição ligeira.

Quando Ir:  Todos os dias, entre as 12:00 e as 24:00

Contactos: Mlýnská kavárna, Park Kampa (vchod z ul. Říční 1), Praga 1 – Telefone +420 608 444 490

 

Ricardo Ribeiro viveu durante três anos em Praga, apenas pelo amor à cidade e um dia decidiu criar um website dedicado à sua paixão. Actualmente mantém os fortes laços emocionais e sociais com Praga e passa alguns meses por ano por lá.

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