“O edifício reflete um conceito de arquitectura desconstrucionista, que, claro, levantou enorme polémica em meados dos anos 90.”
A Casa Dançante (Tančící dům em checo) encontra-se no local que anteriormente era ocupado por um edifício Neo-Renascentista, destruído por um bombardeamento em 1945 (uma das raras vítimas arquitectónicas de Praga durante a II Guerra Mundial). Foi preciso esperar até 1960 para que os escombros do anterior prédio fossem removidas, e mais 34 anos até que a construção da actual estrutura se iniciasse.
O edifício vizinho, com um pequeno globo no topo, pertenceu a Vaclav Havel, a figura central do processe de reconstrução da democracia após quatro décadas de ditadura comunista. Ali nasceu Havel e ali viveu quase toda a sua vida. Não admira portanto que o então Presidente da República se envolvesse no processo que culminou na construção da Casa Dançante.
Em meados dos anos 80 ele teve algumas conversas com o seu vizinho Vlado Milunic sobre a recuperação daquele espaço. Quando assumiu as funções presidenciais, no início dos anos 90, encomendou um estudo arquitectónico preliminar a Milunic. Pouco depois, o banco holandês ING concordou em patrocinar a construção de um edifício revolucionário naquela localização, e Milunic ficou encarregue de seleccionar e convidar um arquitecto de renome internacional. A sua primeira escolha, Jean Nouvel, declinou a oferta devido à pequena área onde o imóvel seria construido (491 m). De seguida, foi contactado o norte-americano Frank Gehry (responsável, entre outros trabalhos, pelo Museu Guggenheim de Bilbau), que aceitou a proposta.
O edifício reflete um conceito de arquitectura descontrucionista, que, claro, levantou enorme polémica em meados dos anos 90. Hoje, faz já parte da paisagem urbana de Praga e a população aprendeu a aceitar a presença da insólita Ginger & Fred (nome inicial do projecto, alusivo ao par de dançarinos Fred Astaire e Ginger Rogers). A construção foi feita em 99 painéis de concreto de forma irregular, todos eles diferentes entre si, exigindo uma cofragem individual. O edifício não foi pintado: os arquitectos envolvidos optaram por manter o aspecto inicial dos materiais de construção.
Apesar do visitante não poder explorar livremente o interior do prédio, ocupado por escritórios, poderá subir até ao último andar e tomar uma refeição no restaurante de influência francesa, Celeste.
Como ir: Muito central. Pode simplesmente andar ao longo do rio, na margem Este, até chegar à Casa Dançante, em Rašínovo nábřeží 80. Se vier de mais longe e não lhe apetecer caminhar, tome o eléctrico 17 ou 21 e saia na paragem Jiráskovo náměstí.
[…] viveu grande parte da sua vida não muito longe, no edíficio que se ergue ao lado da famosa Casa Dançante, mas foi especialmente nos anos 60, nos primeiros anos da sua actividade criativa, que frequentou o […]
[…] também o nome da ponte que ali atravessa o Vltava. Mas a atracção principal deste local é a Casa Dançante e, numa nota mais discreta, a casa que lhe está anexa, onde cresceu Vaclav Havel, o primeiro […]
[…] na margem esquerda do Vltava, a oposta à da praça antiga, sensivelmente em frente à famosa Casa Dançante. Coordenadas: 50° 4.546’N 14° […]