“O romantismo do jardim é realçado pelas árvores de fruto e pelos abundantes pavões que se passeiam pelos cantos mais recatados.”
Os jardins de Vojanovy encontram-se numa das áreas mais centrais da cidade, e contudo são uns admiráveis desconhecidos. Segundo parece, este é o jardim mais antigo de Praga, com as suas origens a remontar ao século XIII. Servia o antigo mosteiro que ali existia. Primeiro, sob a Ordem das Carmelitas Descalças, depois, sob a Ordem das Virgens Inglesas. Actualmente encontra-se sob a alçada do Ministério das Finanças mas é uma área inteiramente pública, apesar de limitada por um horário de abertura. Os portões encontram-se abertos sensivelmente durante o dia, encerrando com o pôr-do-sol.
A magia deste espaço reside na sensação de privacidade que oferece aos seus visitantes. Rodeado de um alto muro, herança do velho convento, e de edifícios pertencentes ao Ministério, o jardim não é de todo visível a partir do exterior e é este factor que lhe permite manter-se como um feudo reservado aos habitantes locais. Os turistas são “bichos raros” nos jardins de Vojanovy, geralmente visitado por pares de namorados e mães que levam os seus filhos a brincar ao ar livre.
O romantismo do jardim é realçado pelas árvores de fruto e pelos abundantes pavões que se passeiam pelos cantos mais recatados. Na realidade, se o visitar em boa época, poderá experimentar as peras e as maçãs que tiverem escapado à voracidade dos pássaros e dos humanos. Gostaria ainda de realçar as interessantes colmeias existentes numa das extremidades do jardim, talhadas com formas humanas e pintadas de alegres cores, assim como o esplêndido relógio de sol existente ao fundo, na zona mais apreciada pelos pavões para as suas manobras de charme.
As famosas cheias de 2002, que marcaram profundamente a cidade, chegaram aqui. Os vestígios da presença das invasoras águas do Vltava são visíveis em algumas partes dos edifícios envolventes.
Por vezes são organizadas neste espaço exposições de escultura moderna, que criam um interessante ambiente de contraste com as duas capelinhas barrocas e com a escultura tradicional de S. João de Neponuk, da autoria de Ignaz Platzer, que se encontra na entrada.